Sem talões, cartões nem a treta das fidelizações

Em qualquer sítio que entremos actualmente, querem automaticamente impingir-nos um cartão de fidelização. Em suma, querem obrigar-nos a voltar lá após a compra de uma simples pastilha elástica.
Existem cartões para tudo:
- Para os supermercados e hipermercados;
- Para as lojas de roupa e acessórios;
- Para as perfumarias;
- Para as livrarias;
- Para as papelarias;
- Para os clubes de vídeo;
- Para os postos de combustível;
etc.
Convencem-nos a aderir assim que lá entramos e nós vamos atrás da conversa convencidos que, se o fizermos, saímos de lá mais depressa.
O problema é que, quando olhamos para dentro da carteira, temos montes de cartões de fidelização (mais os respectivos minis nos porta-chaves).
Como se isso não bastasse, posteriormente, ainda nos enchem a caixa do correio com promoções, cupões de desconto e ofertas de adesão. Isto para juntar aos talões que nos oferecem no local.
O resultado é que, quando vamos às compras, quase que temos de levar um dossier com toda a papelada, mais o porta-chaves com todos os minis que nos levam, pelo menos, mais 10 minutos a descobrir o respectivo ao local em que nos encontramos, fazendo com que as filas na caixa aumentem em vez de diminuírem.
Chega ao ponto em que tenho tantos cartões que já não me lembro quais são e, quando entro num estabelecimento e me perguntam "Tem cartão de fidelização?", dá-me vontade de responder "Não sei, diga-me você".
O que podiam fazer era criar contas associadas a nós, onde fazíamos carregamentos como para o telemóvel e que, quando fizéssemos compras no local ou online, debitavam-nos o valor no saldo da conta através do número do B.I ou da data de nascimento. Podiam, também, associar à conta códigos de desconto para usar quando quiséssemos, em vez de nos encherem de papéis. E os ambientalistas agradeciam.
Era muito mais prático para todos, pois escusávamos de andar a carregar cartões para trás e para a frente, e o Pingo Doce podia criar uma campanha cujo slogan seria "Aqui a sua paciência vale mais".

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sim, Não... TALVEZ?

Empate no Prolongamento

Porque Chocolate é Melhor do que um Homem