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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

O mundo do trabalho

o que é ser um bom profissional? É dizer "bom-dia" e "boa tarde" a pessoas que não conheço, que não quero conhecer ou que me são totalmente indiferentes para que essas possam fazer-me perguntas indiscretas, conversa da treta e contar-me toda a sua vida (que não estou nem um pouco interessada em saber) de rajada e eu ter de assentir com sorrisos cínicos quando, na realidade, só quero é fugir dali rapidamente? É ter de largar o meu namorado, os meus amigos e a minha noite de cinema para ir a jantares sociais de empresa fingir que convivo animadamente com gente que não suporto, ver as bebedeiras (e, principalmente, as figuras tristes) de cada um que, repetidamente, canta êxitos dos anos 90 desafinadamente num karaoke decrépito? É ter de comer algo que detesto só porque alguém ofereceu e fica mal recusar, tendo em conta que se o fizer, no dia seguinte toda a gente na empresa saberá e falará de como sou mal-educada só porque recusei os aperitivos da fulana X "que é

Só eu sei porque não fico em casa

Os sportinguistas já entraram de tal forma em clima de derrota que, até quando escolhem um lema para o seu clube, em vez de escolherem um que os motive, escolhem um que os envergonha. Realmente, só eles sabem porque não ficam em casa escondidos debaixo da cama em vez de irem para o estádio sofrer uma e outra humilhação. O verdadeiro «amor à camisola» já se tornou mais uma maldição do que uma motivação e se os jogadores fossem incitados a perder não o fariam tão eficazmente. Aliás, com tanto prejuízo em jogadores, treinadores e uniformes, o clube poderia ser considerado "sem fins lucrativos". Esse está de tal forma em recessão que já teve de cortar em algumas letras, de maneira que no estádio já só se ouve "...oooooorting". Os adeptos continuam a sua rotina queixando-se que o treinador anterior era melhor do que o actual e se assim for, qualquer dia o clube já não tem mesmo solução. Isso explica porque o Liedson continua a correr desalmadamente pelo campo. Dado o his

Amor, esfrega-me as costas!

Sempre ouvi da boca dos homens que não há quem compreenda as mulheres. Mas e quem é que os compreende a eles? Eu até sempre pude dar-me ao luxo de dizer que compreendo os homens mas há coisas que (juro por deus) nunca hei-de entender. Experimentem ir viver com um homem que viva sozinho e que nunca tenha vivido maritalmente. A primeira vez que entrarem em casa dele encontrarão uma casa-de-banho imunda onde residem somente um balde e uma esfregona velha, um sabonete nas últimas e monte de lâminas de barbear usadas. Na cozinha, terão um fogão carregado de gordura, um montão de loiça por lavar, um esfregão a cair aos pedaços e diversos pacotes, latas e garrafas vazios no frigorífico. Na sala, haverá um sofá, uma televisão, um stereo, um montão de cds espalhados (cujas caixas há muito que é desconhecido o seu paradeiro) e uma playstation que afirmarão que é do irmão mais novo ou do sobrinho para esconder o seu vício incontrolável dos video-jogos e manter a imagem de um gajo respeitável e m