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A mostrar mensagens de dezembro, 2010

A bola do mundial era cientificamente imprevisível

Ao que parece, a moda deste verão no futebol, quando os jogadores faziam asneira, era deitar as culpas na bola. Até se chegou ao ponto de arranjar cientistas para analisar a dimensão, o peso e o material da bola a fim de definir se a mesma é ou não adequada para praticar um desporto que, há décadas, se fazia com bolas não testadas cientificamente. Parece impossível que se queira desculpar a falta de perícia de um jogador com as falhas técnicas da bola. Mas, assim, se vê a evolução: antigamente eram os jogadores que eram «nabos»; hoje em dia, é a bola, que não cumpriu o seu dever de ir enfiar-se na baliza do adversário da equipa em questão. Só falta dizerem que também estava «comprada». Qualquer dia temos casos de «lona dourada». Desde que veio um senhor dizer que a bola usada no mundial deste ano não era adequada por isto ou por aquilo, que era muito leve, tinha "trajectórias imprevísiveis" e por aí fora, que o Jorge Jesus não perdeu tempo a aproveitar a deixa para desculpar

A linha do desabafo

Há pessoas que tomam o conceito Linha de Apoio ao Cliente demasiado à letra. É inacreditável a quantidade de gente que liga para as linhas de atendimento das empresas supostamente com o intuito de esclarecer dúvidas e aproveita para «despejar» os pormenores da sua vida pessoal. Relatam as suas doenças, as da família, os conflitos com os vizinhos, as dificuldades financeiras, o insucesso profissional, as más condições da sua habitação e assim por diante, na esperança que os operadores sejam solidários e lhes ofereçam de facto algum apoio, neste caso, moral. É claro que, no final de tudo, quem precisa realmente de apoio são os operadores, pela paciência que dispensaram ao cliente. Também é interessante quando liga alguém, o operador atende: - "Empresa X, boa tarde, fala a Ana." - e o cliente responde: - "Olá Ana, eu sou a Margarida..." - como se o facto de saber o nome do operador desse ao cliente uma sensação de familiaridade com o seu interlocutor, de forma que se