A bola do mundial era cientificamente imprevisível

Ao que parece, a moda deste verão no futebol, quando os jogadores faziam asneira, era deitar as culpas na bola.
Até se chegou ao ponto de arranjar cientistas para analisar a dimensão, o peso e o material da bola a fim de definir se a mesma é ou não adequada para praticar um desporto que, há décadas, se fazia com bolas não testadas cientificamente.
Parece impossível que se queira desculpar a falta de perícia de um jogador com as falhas técnicas da bola. Mas, assim, se vê a evolução: antigamente eram os jogadores que eram «nabos»; hoje em dia, é a bola, que não cumpriu o seu dever de ir enfiar-se na baliza do adversário da equipa em questão. Só falta dizerem que também estava «comprada». Qualquer dia temos casos de «lona dourada».
Desde que veio um senhor dizer que a bola usada no mundial deste ano não era adequada por isto ou por aquilo, que era muito leve, tinha "trajectórias imprevísiveis" e por aí fora, que o Jorge Jesus não perdeu tempo a aproveitar a deixa para desculpar a azelhice do seu novo guarda-redes. Assim, já não parece que gastaram milhões a contratá-lo para coisa nenhuma. Porque, se era para fazer asneira, tínhamos cá gajos mais baratinhos.
Até me admiro de ainda ninguém ter se lembrado de pôr as culpas no relvado; dizerem que era de má qualidade ou que não tinha sido regada de forma conveniente.
Muito francamente, quer me parecer que os jogadores é que andam com as «bolas» muito pesadas e com trajectórias muito prevísiveis. Por isso é que perdem.
A bola, essa será sempre redonda e, portanto, imprevisível. Habituem-se!

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