Patriotismo estrangeiro
É notável o desejo que o português tem de ser estrangeiro. Com uma língua tão extensa como a nossa, o português cai sempre na tentação de uma e outra vez usar um estrangeirismo. Essa particularidade verifica-se bem mais em Lisboa, uma vez que o lisboeta tem um desejo inerente de ser de outro sítio qualquer.
Uma conversa noutro ponto do país seria:
- Onde vais com tanta pressa?
- Tenho de ir apanhar a camioneta.
Já em Lisboa:
- Vais cheio de speed...
- Vou apanhar o bus.
Mas há, no português, uma inexplicável vontade de falar inglês como se isso lhe conferisse algum prestígio e o transformasse numa outra pessoa cheia de classe.
Aliás, a falta de patriotismo atinge a maioria das faixas etárias, das classes sociais e das situações profissionais.
Quantos cantores não temos por aí como os Da Weasel, o Sam the Kid e os Expensive Soul, que embora cantem em português adquiriram para si nomes estrangeiros. Ou mesmo o Joaquim de Almeida e a Maria de Medeiros, que decidiram ser fiéis ao seu nome português, mas insistem em falar inglês em quase todos os filmes em que participam a ponto de serem mais conhecidos no estrangeiro do que aqui.
No entanto, é de realçar que o amor que nós não sentimos pelo nosso país, sente a enorme percentagem de imigrantes que cá entram todos os dias e que enchem Portugal de chineses, indianos, africanos, brasileiros, ucranianos, etc. Esses, sim, adoram Portugal - vá-se lá saber porquê - um país tão mais minúsculo do que o deles mas que, aparentemente, satisfaz os seus desejos como um pai generoso enquanto obriga os portugueses a emigrar.
Uma conversa noutro ponto do país seria:
- Onde vais com tanta pressa?
- Tenho de ir apanhar a camioneta.
Já em Lisboa:
- Vais cheio de speed...
- Vou apanhar o bus.
Mas há, no português, uma inexplicável vontade de falar inglês como se isso lhe conferisse algum prestígio e o transformasse numa outra pessoa cheia de classe.
Aliás, a falta de patriotismo atinge a maioria das faixas etárias, das classes sociais e das situações profissionais.
Quantos cantores não temos por aí como os Da Weasel, o Sam the Kid e os Expensive Soul, que embora cantem em português adquiriram para si nomes estrangeiros. Ou mesmo o Joaquim de Almeida e a Maria de Medeiros, que decidiram ser fiéis ao seu nome português, mas insistem em falar inglês em quase todos os filmes em que participam a ponto de serem mais conhecidos no estrangeiro do que aqui.
No entanto, é de realçar que o amor que nós não sentimos pelo nosso país, sente a enorme percentagem de imigrantes que cá entram todos os dias e que enchem Portugal de chineses, indianos, africanos, brasileiros, ucranianos, etc. Esses, sim, adoram Portugal - vá-se lá saber porquê - um país tão mais minúsculo do que o deles mas que, aparentemente, satisfaz os seus desejos como um pai generoso enquanto obriga os portugueses a emigrar.
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